terça-feira, 30 de junho de 2009

Enquanto há vida


A vida pulsante no peito aberto
Enquanto há vida
Tem feridas que precisam ser curadas
E não existe um médico
Necessidade de auto-cura
Ainda existe amor, ou possibilidade de ser amado
O que verdadeiramente só acontece
Quando o ser se reconhece
Passa a ver além de um antigo limite
O céu é maior, o mundo é maior!
A expressão de sentimento tem sabor
Deve acontecer enquanto há vida
Depois que eu me for
Quando não houver mais vida nenhuma
Quando o peito deixar de bater
De que vai valer o eu te amo esquecido?
Será que em algum lugar ainda vou poder te escutar?
Dessa vez é melhor não arriscar e me amar
Enquanto há vida.


Fernanda Dantas

domingo, 21 de junho de 2009

Anjo Meu


Anjo quem disse que é o que eu quero ter?

Também não é o que eu pedi para ser...

Só gostaria de proteger o seu sorriso

E de te manter bem, mas não em paz

Por que o amor verdadeiro não traz paz

Você provaria do amor de verdade

Se me desse uma só chance

Mas aonde posso te encontrar?

Sinto sua força e parece tão inatingível

Intocáveis perdidos no tempo e espaço sideral

E eu te amo tanto

Provavelmente acreditaria no que me dissesse

Mesmo que dissesse que é o meu anjo

Não queria cair mais uma vez nessa cilada

É assim que o amor se apresentou a mim

Mas foi impossível manter meu coração

Longe do abismo onde caí

Estou caindo rápido e me sinto bem

Espera, eu não estou caindo

Eu estou voando, você me carrega

Isso foi bom, eu descobri que os anjos tem asas

E como as suas são lindas.

sábado, 20 de junho de 2009

Uma imagem distorcida de mim


Quem pode dizer o que você é além de mim

Que te criei, e te fiz assim

E que te amo com tuas qualidades

Porém prefiro teus defeitos

Verdade, nunca gostei do que é perfeito

Por um motivo qualquer te criei assim

Muito interessante! Você é tão semelhante a mim...

Estou diante de um espelho distorcido

Suas cores são um espetáculo

Mudando como um camaleão

Se mostrando como convém

Gostaria de ter certeza que você sente algo

Eu posso te ver, mas não sei se esse é mesmo você

E quando te fiz a minha imagem e semelhança

Não lembro de um dia ter sido assim

Mas eu gosto do que você se tornou,

Você parece tão forte

Nesse ponto difere tanto de mim

Será que eu também poderia ser assim?

quinta-feira, 18 de junho de 2009

A rosa presente


A beleza em tantas formas

Em qualquer amanhecer

Quem poderá um dia dizer

Se está no objeto ou em quem o vê.


Nesse momento está claro

De uma paz quase infinita...

O movimento que se faz é raro

Nas asas de um anjo veloz


Assim se pode ver o minuto exato

Em que o mundo mudou

A rosa nascente, meu sonho intacto

De um vermelho quente


De repente tenho todas as possibilidades

Tudo está bem aqui em minhas mãos

E como anseio por tocar-te, gostaria

Que também você tivesse a minha disposição


Porém o importante hoje é que a rosa nasceu

Emprestando-nos sua beleza e seu perfume

Agora posso até ver o arco-iris

Ela nos presenteou com sua vida e cor.


Fernanda Dantas


Eu demorei a postar o novo poema né? Pois é, e sabe que nem foi muito difícil? Mas eu fiquei adiando, imaginado o que eu escreveria embaixo de um poema fraquinho, que não falava de dor, se reparerem bem eu fraquejei em uma estrofe, falei de saudade, de desejo de posse... Mas ainda tô no lucro nas outras eu não fui tão deprimente. rsrsrs


Emfim, promessa cumprida, espero que vocês leiam e gostem do meu "poema não triste"

Até o próximo!

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Sobre o que escrever


Alguém me perguntou por que minhas poesias são tão fortes, eu fiquei meio sem saber o que falar, escrevo do jeito que as coisas chegam a minha mente, algumas vezes nem parece que escrevi chega a ser como se alguém soprasse nos meus ouvidos e eu só precisasse passar para o papel.

Depois fiquei pensando, faz tempo que eu vejo beleza na dor, agora nesse exato minuto eu já não sei mais se escrevo o que sinto ou se penso que sinto para que assim minhas poesias se tornem mais bonitas aos meu olhos.

Eu reparei faz tempo que não escrevo sobre acontecimentos felizes, mas nunca me interessei por gente feliz, mesmo na minha vida pessoal eu vivo em busca de coisas impossíveis e quando eu posso tê-las elas perdem a importância, não valem mais coisa alguma.

Essa é a minha eterna busca pelo sofrimento, meu Deus! Em que louca besta masoquista me transformei, eu realmente deveria ter virado borboleta quando saí do casulo, mas parece que me tornei um bicho feio e asqueroso, disforme, insano...

Que coisa mais estranha, uma simples perguntar me fazer questionar meus poemas, minhas inspirações, minha ideologia, enfim toda a minha vida, minha mente repleta de coisas vazias. Eu vou continuar escrevendo sobre tristeza, ainda acho sublime. Só para provar para mim mesma que eu posso meu próximo post vai ser uma poesia não triste, prometo.

sábado, 13 de junho de 2009

Suicídio


Um dia a moça cansou...
De sorrir sem vontade, de chora de saudade,
De demonstrar emoção, de ter um coração.
E sua vida sempre foi uma guerra
Uma eterna tempestade destruindo castelos de areia
Aqui nesse lugar tão longe de quem sempre foi
Tão perto do que um dia será.
E agora tudo passou...

Mesmo sem querer ser nada do que lhe foi mostrado
Mesmo quando não quer ver
As lágrimas do seu rosto que o sol secou
Algo que nunca poderá explicar
Nem mesmo poderia tentar dizer
Mas soube do futuro envolto em um véu
Para ela sempre foi claro o que esteve reservado...
E agora tudo passou...

Talvez a moça tivesse amado
Ou tanto sentimento estivesse preso no fundo da alma
Em seus sonhos escondido, protegido, guardado...
E eu aqui como telespectadora da sua agonia
Jamais poderia saber o que ela viu
Que futuro tão triste, tão angustiante
Que sonhos foram destruídos
Ou que objeto de desejo lhe faltou
E agora tudo passou...

Todas as perguntas tiveram fim.
O que ela sente agora?
Será que alguém pode saber?
Acredito que nada sente, como flores estranguladas
Amores de plástico e de pulsos cortados
E tudo teve fim, enfim tudo passou
Sinto pena, talvez saudade...
A moça desesperada um dia sufocou
E agora tudo enfim passou.

Fernanda Dantas

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Dia dos namorados


Bom hoje eu estava mal, sinceramente odeio dia dos namorados, do ano inteiro é o dia em que me sinto mais só. Mesmo que no dia anterior eu esteja doida pra sai por aí correndo livre, leve e solta, com tantos casais apaixonados e outdoors gigantes repletos de flores e corações, dá uma vontade imensa de ter alguém pra abraçar de um jeito mais romântico.

Para acabar de completar tive que ir para aula num dia que devia ser
imprensado (a professora tinha 4 aulas adiantadas e não dispensou a gente), acordei cedo num frio daqueles que você deseja estar abraçado com alguém debaixo de um lençol quentinho, enfim imaginei que meu dia ia ser terrível.

Hoje também é o aniversário de uma das minhas amigas mais intimas, e eu não levei o presente dela por que não queria dar no dia dos namorados, ela ficou morrendo de rir de mim. Um tempo depois da aula ter começado
Kamila chegou atrasada trazendo um presente para Kalyne e outro para Carol, por que não tinha visto ela no dia do aniversário dela. Brincando comigo me deu uma caixa vazia, embrulhada em papel de presente e disse "É de dia dos namorados". Agente ficou se acabando de rir e depois eu disse que a caixa não estava vazia, era uma caixa de sonhos...

Bom o meu dia foi muito bom, não é por que eu estou sem namorado que eu estou sozinha, minhas amigas me fazem feliz de mais e estar com elas faz de mim uma pessoa muito feliz e muito amada mesmo, espero poder retribuir o carinho e amizade delas e que sempre possamos estar unidas contra a solidão. A amizade faz de nós pessoas mais completas e mais felizes.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Meu tempo perdido

Hoje me dei conta de que perco muito tempo na internet, às vezes não tenho nada para fazer, mas mesmo assim estar aqui em frente a esse pc me alivia e faz eu me sentir um pouco menos sozinha. Eu sei que deveria estar lá fora me divertindo, conhecendo gente nova, namorando, sei lá... Fazendo coisas por aí. Mas em alguns momentos eu prefiro mesmo ficar aqui, no meu universo particular. É uma forma de estar sozinha sem me sentir abandonada. Isso é estranho né?

terça-feira, 2 de junho de 2009

Despede-se em paz

Talvez até com um pensamento
Tive desde criança dois pássaros
O mais amado morreu
Desfez-se em cinzas
E na verdade nunca esteve comigo
Estava sempre em outra gaiola
Porém a sua felicidade era minha
Engraçado sentimento esse que se sente
Sem posse, com vida
Quem sabe de onde vem
Ou se virá algum dia
Alguém sabe o que é
Se faz a cada segundo
Se cria a cada minuto
Te deixo viver se está feliz
Amarras não posso ofertar
Para te prender a solidão
Melodia, doce melodia,
Som em cor, e é tão doce sentir a paz...
Da despedida sem lágrimas
Quase sem dor