quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Máscaras


Muitas coisas gostaria de falar
De jogar pelo muro da sua casa
Estraçalhar sua janela de vidro com uma pedra
Me deliciar ao ouvir o som dos cacos caindo no chão
Tantas máscaras são usadas todos os dias
As pessoas comuns travestidas de ilusão
Umas princesas, outros heróis, tantos vilões...
Quem é você?
Difícil se encontrar nessa multidão
Talvez você um dia canse de atuar
Eu já cansei...
Nesse teatro de farrapos não me pagaram bem
Eu me vi pelos olhos dos outros e não gostei
Joguei a máscara fora
Já tinha até perdido a hora
Por um momento vi sua janela
Você Julieta, eu Romeu
Ainda representando papéis
Reflexo invertido da literatura desgraçada
Então joguei a pedra, quebrei o vidro
Gostaria ainda mais de ter quebrado sua máscara
Ou quem sabe sua cara.

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